sexta-feira, junho 26, 2009

Música Paleolítica

Divulgação Científica
Música paleolítica - 25/6/2009
Agência FAPESP – Os primeiros homens modernos já se divertiam ao som de música tocada com instrumentos. Estudo publicado na edição desta quinta-feira (25/6) da revista Nature descreve flautas com mais de 35 mil anos, encontradas em cavernas na Alemanha.
Os autores da pesquisa, da Universidade de Tübingen, analisaram um exemplar quase completo, feito de osso de ave, além de fragmentos de três flautas de marfim.
Tradições musicais do neandertal e instrumentos musicais do Paleolítico médio haviam sido sugeridos em estudos anteriores, mas faltava evidência concreta. A nova descoberta, feita por Nicholas Conard e colegas, demonstra que os primeiros humanos modernos na Europa, entre 35 mil e 40 mil anos atrás, já contavam com uma tradição musical bem estabelecida.
As flautas foram encontradas em um sítio arqueológico que contém artefatos simbólicos complexos, os quais apontam que os primeiros representantes do homem moderno no continente eram também culturalmente modernos.
A principal peça, a flauta de osso quase completa, foi montada a partir de 12 pedaços, distribuídos em uma área de apenas 10 centímetros por 20 centímetros. A flauta encontrada tem 21,8 centímetros de comprimento e é bastante fina, com apenas 8 milímetros de diâmetro.
A flauta tem cinco furos. Segundo os cientistas, a superfície da peça e a estrutura do osso estão em excelentes condições e revelam vários detalhes sobre a manufatura do instrumento. Em uma extremidade, o artesão fez cortes em V, provavelmente por onde soprava.
O instrumento foi entalhado a partir do rádio de um grifo (Gyps fulvus), ave com envergadura entre 230 e 265 centímetros e cujos ossos são propícios para fazer grandes flautas.
A tecnologia para fazer uma flauta de marfim é muito mais complicada do que no caso dos ossos de aves, o que demonstra a habilidade dos artesãos. O processo requer cortar longitudinalmente o pedaço de marfim, para trabalhar os dois lados e, depois, reuni-los de modo que o ar não escape indevidamente.
A descoberta mostra que a música teve um importante papel no período. Segundo os pesquisadores, os habitantes do sítio tocavam instrumentos em diversos contextos sociais e culturais. A flauta de osso foi encontrada próxima a uma escultura que representa formas femininas, com 70 centímetros de altura, sugerindo relação entre as peças.
Para os autores do estudo, a música pode ter contribuído com a coesão social e com a expansão demográfica dos humanos modernos, em comparação com as populações do neandertal, que eram culturalmente mais conservadoras.
O artigo New flutes document the earliest musical tradition in southwestern Germany, de Nicholas Conard e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.


Quando surgiu?

Criado em novembro de 2004, o Fórum Permanente da Música de Pernambuco reúne músicos, compositores, produtores musicais, arranjadores, auto-produtores, entidades, associações, sindicatos e coletivos com atividades voltadas para área musical.

Qual o objetivo?

→ Discutir políticas públicas para área musical;
→ Buscar soluções para os gargalos que cercam a cadeia produtiva da música;
→ Interagir com as diversas esferas do poder público, possibilitando um melhor desenvolvimento musical no Estado.

Quais suas funções?

→ Colocar a música como tema relevante para construção de cidadania;
→ Articular o segmento musical nas suas diversas vertentes;
→ Instituir discussões sistematizadas com participantes da cadeia produtiva da música;
→ Compreender a música com valor social e humano.

Quem faz parte?

→ Associação dos Professores do Conservatório Pernambucano de Música;
→ Associação dos Saxofonistas do Estado de Pernambuco;
→ Conselho Regional de Música (OMB);
→ Federação de Bandas de Música do Estado de Pernambuco;
→ Lumo Coletivo.
→ Media Sana;
→ Movimento do Samba Autoral;
→ Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado de Pernambuco;
→ União Brasileira de Compositores (UBC);
→ Dentre outros.

Quem faz parte da atual Coordenação?

→ Publius Lentulus (Músico/Compositor/Ex- Gerente de Música da Fundação de Cultura Cidade do Recife/ participa dos grupos Azabumba/Rabecado/Geraldo Maia/Tonino Arcoverde);
→ Antônio Barreto Filho(Músico do quadro da Orquestra Sinfônica do Recife/Professor do Conservatório Pernambucano de Música/ Presidente da APEFCPM/integrante do grupo Sagrama);
→ Adriano Araújo (Músico/Compositor/Professor do Curso de Produção Fonográfica da AESO/Advogado Especialista em Direito Autoral /Orquestra Popular do Recife)

Qual o contato?

E-mail: forumdamusicape@yahoo.com.br
Publius Lentulus – Telefone: (81) 9116.3988
Antônio Barreto Filho – Telefone: (81) 9961.2293
Adriano Araújo – Telefone: (81) 9197.5396

sábado, junho 20, 2009

Manifesto Cultura e Comunicação

Pernambuco é um território que tem uma produção cultural rica e diversa, de excelência reconhecida nacional e internacionalmente na música, no cinema e no áudio-visual em geral, nas artes plásticas, em variadas formas de representação teatral, na dança.

Pernambuco tem o privilégio de dispor de meios de comunicação de massa estatais – dois canais de televisão com alcance potencial para cobrir grande parte do Nordeste; rádios AM e FM em funcionamento e concessão de rádio para se efetivar.

Entretanto, Pernambuco não utiliza esses canais para valorizar e incrementar sua produção cultural, seus artistas e técnicos, todo o universo humano, toda a atividade sócio-econômica que cerca o fazer cultural.

Esta realidade, daninha aos interesses do próprio Estado, tanto do ponto de vista econômico, como político, social e, por certo, cultural, tem motivado as pessoas abaixo relacionadas, algumas delas representantes de associações ou órgãos de classe, mas todas interessadas em colaborar para o desenvolvimento das artes no território pernambucano, a buscar o diálogo com representantes das diversas instâncias públicas responsáveis pelos canais de comunicação citados.

Deve-se anotar que houve o diálogo, no Palácio das Princesas, na Reitoria da UFPE, na sede da Prefeitura do Recife. Mas se deve ressaltar que nenhuma das providências aludidas nesses encontros resultou em fatos concretos. As razões nos são desconhecidas mas, aparentemente, o motivo principal é que uma política de comunicação aberta e praticada em conjunto com a sociedade não é efetiva prioridade das políticas e programas daquelas instâncias de governo e poder.

É, portanto, esta sensação que nos leva a tornar públicas nossa demanda e nossas propostas. A saber:

1. Criação de instâncias de discussão e elaboração de modelos de funcionamento da TV Pernambuco, rádios e TV Universitária, rádio Frei Caneca;

2. Que o modelo de gestão a ser adotado nesses canais de comunicação se espelhe no da Empresa Brasil de Comunicação, aperfeiçoando-o pela introdução de mecanismos mais democráticos de governança;

3. Que seja dado um prazo para que se efetivem as decisões, de forma inclusive a contemplar o calendário legislativo e orçamentário do Estado.

Repetimos que aos abaixo-assinados move apenas o interesse de contribuir para a dinamização da produção cultural de Pernambuco e para a democratização dos seus meios de comunicação públicos.

Recife, 25 de maio de 2009.

- ABRAÇO (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária)
- ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes)
- ASSOCIAÇÃO DOS DOCUMENTARISTAS DO ESTADO DE PE
- ASSOCIAÇÃO DOS FORROZEIROS PÉ DE SERRA E AI
- ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DO CONSERVATÓRIO PERNAMBUCANO DE MÚSICA
- ASSOCIAÇÃO DOS SAXOFONISTAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO
- CALDEIRA CULTURAL BRASILEIRA
- CENTRO DE CULTURA LUIZ FREIRE
- ESCUTA SETORIAL DE MÚSICA DO ESTADO DE PE
- FEDERAÇÃO DE BANDAS DE MÚSICA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
- INTERVOZES (Coletivo Brasileiro de Comunicação Social)
- FORUM PERMANENTE DA MÚSICA DE PERNAMBUCO
- MNDH-PE (Movimento Nacional de Direitos Humanos)
- SATED-PE (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversão do Estado de Pernambuco)
- SINDICATO DOS MÚSICOS PROFISSIONAIS DO ESTADO DE PERNAMBCO
- UBC (União Brasileira de Compositores)